Minuto subjetivista

- consideravam-me uma pessoa otimista, até eu mesma já me consideirei. mas como conseguir manter essa positividade em relação à vida, quando o que acontece é sempre tudo igual? tentativas de mudar o pensamento agora assombram minhas idéias. não devo mais apostar todas minhas fichas na crença de que sempre tudo vai ter um final bom... ainda mais quando a vida tem me dado em resposta tapas na cara pra me provar de que nem sempre tudo termina de forma agradável. -

estaria sendo hipócrita se continuasse esse discurso de que perdi a crença de que tudo terminará bem. apesar disso, confesso aos que sempre me acharam otimistas: o oposto desse sentimento tem me visitado as idéias de vez em quando.... não em relação ao mundo, a vida exterior, ou a todos os problemas sociais existentes, mas em relação a mim. aos meus sentimentos e esperanças de algo novo aconteça.

vivo num dilema. será que reclamo demais? será que minha ânsia por novidades é grande demais? será que seria comodismo se eu adorasse as coisas como são?

reúno minhas esperanças em minhas mãos todas as noite e dou uma olhada nelas... vejo, revejo, planto mais um pouco de otimismo nelas e por fim repouso-as em meu travesseiro para que descansem...

[não quero voltar a época em que achava que a hora de dormir era a mais feliz da minha vida. "viver é melhor que sonhar"?]

não gosto de depender de ninguém, nunca gostei... mas agora sinto a necessidade de uma mão para me puxar e me levar por lugares que nunca fui. lugares dentro da minha própria cabeça, lugares chamados sentimentos e lugares concretos. não gosto de depender de ninguém.
cansei de passear sozinha por aí.

agarro com força meu otimismo.



acabou o expediente.