sábado, 11 de abril de 2009

Sempre foi.

Você morreu.
Pude constatar isso há alguns dias, você morreu.
Já não me lembro mais o tom da sua voz, o som da sua risada, a cor dos seus olhos, a textura de sua pele, a intensidade do seu olhar.
Já não me lembro mais do grau de seus conselhos, do seu silêncio, da sua respiração.
Escrevi você em papéis a lápis para que um dia pudesse passar a borracha e apagar.
Não pintei em paredes, não teci sua alma na minha.
Eu criei você para que um dia pudesse te esquecer.

Perdi a paciência com o mundo.
Perdi a paciência com a compreensão.
Pro inferno com a sua falsa idiossincrasia.
Você não passa de uma farsa incoerente.
Você não faz sentido para o mundo nem para si mesmo.
Você nunca existiu.

Um comentário:

Euphoria disse...

ácido, ácido msm

ótimo :D