segunda-feira, 4 de maio de 2009

"Black Holes and Revelations"

Hm. Adeus.
Não talvez um adeus para um novo começo, mas um adeus de até a eternindade. Tenho gastado tempo demais em perder tempo. Contraditório, mas o que em toda a minha existência não fora contraditório? Quando em até certo momento eu dissera que o contraditório me atraía. Adeus. Já ouvi palavras demais que me fazem sentir uma pessoa extraordinária, pra que diabos eu quero ser uma pessoa extraordinária? O ordinário me bastaria.
Acho que estou alheia a muita coisa. A coisas demais até. Nem mesmo mais o que é bom pra mim eu faço, espero me carregarem, me obrigarem, quando estou no limite de perder algo. E estou sempre querendo companhia agora.
Nunca tive muita coragem pra tomar a frente e fazer as coisas, aliás, eu sempre tive vergonha de me expor, mas antes eu gostava da sensação de quebrar minhas próprias barreiras - o que me fazia uma pessoa corajosa - como se eu pegasse uma moto e andasse sem capacete a mais de 200km/h com o vento gelado cortando meu rosto, era mais ou menos isso - uma sensação maravilhosa diga-se de passagem - mas agora, quanto mais eu falo sobre meus problemas, mas eu fico soterrada sob eles. Como se pô-los para fora fosse a pior coisa do mundo, não o contrário, como dizem... que por pra fora é sempre a melhor coisa. Não, eles não vão pra muito longe e acabam por me enterrar. Ou talvez eu esteja cuidando demais das outras pessoas que não consiga cuidar de mim. Estou cheia de todo mundo nesse momento e talvez seja minha educação a não permitir que eu resmungue qualquer coisa a primeira pessoa que venha me pedir uma opnião ou um conselho, talvez seja pelo fato de que eu não consigo fazer mais as coisas sozinha - afugentar as pessoas e ficar sozinha seria a última coisa que eu quero nesse momento - Opa! Olha ela aí, mais uma contradição se formando.
Vou reivindicar isso mais de uma vez, acho, talvez seja a segunda: alguém me puxa daqui debaixo. Sob todos os problemas que me soterram. Isso parece fraco demais pra mim, uma súplica, sei lá. Afinal, eu sei me virar emocionalmente sozinha - pelo menos achava que sabia. Mas acho que não vou ter muitos problemas para de fato por isso aqui pra alguém ler, só espero que falar sobre isso não ajude a me soterrar ainda mais, já que toda vez que exponho o problema, me entranho mais nele, ao invés de me livrar.

Um comentário:

Euphoria disse...

Quando se expõe os problemas, quem nos ouve supõe que nossa mente se clareou, que temos alguma solução. Mas esse às vezes é o real problema.

Tenho sempre pra mim, a solução prática é a alienação momentânea. TV, computador, literatura, música! minhas drogas, aaah!!