quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Dia qualquer?

Dizem que agente só consegue escrever bem sobre um assunto que domina. É verdade. Não adianta eu tentar começar a falar sobre a cotação da bolsa de valores ou sobre uma nova e interessante descoberta científica. Vai soar falso e se bobear burro. Mas de uma coisa eu tenho certeza, sobre o que eu vou comentar a seguir, vai ser um assunto de graaaande domínio, se fazendo realmente necessário o uso do "aaaa"...

É, e no dia de hoje recomeçou minha saga Flu-Maracanã, com grande expectativa, ansiedade e mãos geladas costumeiras. Todo mundo já se apaixonou uma vez na vida pelo menos, e entende o que acontece com você quando vai à um primeiro encontro. Pois bem, ir ao jogo do meu time de coração é como se fosse sempre o primeiro encontro. Ver aquela graminha verdinha, os holofotes brilhantes, os jogadores, adversários e ela... uma das componentes mais importantes desse encontro. Ela, que é uma só, mas formada por milhares. A torcida.
Geralmente nós compartilhamos nossos sentimentos com nossos mais íntimos amigos, não é mesmo? Pois então, no Maracanã, eu tenho milhares de íntimos amigos. Mas amigo, amigo mesmo, daquele que sofre com você, ri com você, comemora com você, canta, pula, festeja, fica sem voz e te acompanha fielmente numa jornada de 105 minutos juntos.
Me atrevo a dizer, inclusive, que não somos meros melhores amigos, somos, além disso, irmãos da família Fluminense Football Club, nosso sobrenome. Não existem desconhecidos no Maracanã. Em qual outro lugar você poderia virar pro companheiro do lado e tascar-lhe um abraço em comemoração à algo feito sem medo de levar um soco ou ser acusado de algo? Não penso em nenhum.
Meus amigos, sejamos sempre assim, essa família unida.

E sobre o jogo de hoje? Ahhh... eu não iria retomar atividade com uma derrota, não mesmo!






Obs.: O melhor zagueiro do Brasil, Thiago Silva.






A pessoa que disse que 2 a 0 é resultado garantido, com certeza, não conta com o Gravatinha em seu banco de reserva. Tudo bem, pode não ter sido uma atuação das mais sobrenaturais, mas ele não deixaria que um resultado "garantido" fosse realmente garantido.
Sabe quando você, no intervalo do jogo, olhando pro gramado vazio, com seu time perdendo, sente no peito uma faísca chamuscando? E de repente você se enche de esperança e vê como é totalmente possível uma bela virada com o placar marcando 2 a 0 pro time adversário? Aham... foi o que aconteceu. O primeiro a dar o primeiro passo da virada foi o... puta que pariu, o melhor zagueiro do Brasil. Quem? Thiago Silva! É, ele deu o que podemos chamar de empurrão, o vam'bora, o vamos virar!!
2 a 1. Foi só um gol de honra? Claro que não, a faísca já estava começando a queimar mais forte e não tardou para chegar o gol de empate. Leandro Amaral fez o gol de empate.
A possibilidade de virada já queimava no peito, não era mais uma chamuscada, ia acontecer a qualquer momento, ia acontecer! Meus amigos e eu acreditávamos, todos nós cantávamos! Levamos fé, pedimos, por favor sua benção João de Deus!
E então, o momento da explosão. O Matador, Coração Valente, Guerreiro Tricolor... ou pode chamar de Washington! O autor do, enfim, terceiro gol, o gol da virada. E daí pra frente, os minutos que restaram, foram de pura alegria. Vitória tricolor!

É... isso é que eu chamo de retorno em grande estilo. É isso que eu chamo de ser tricolor.

QUE FELICIDADE!

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