quarta-feira, 7 de maio de 2008

Pseudo análise psicológica, por quem acha que entende do assunto por tabela.

Para alguma personagem daqui de dentro.
(Olbinski)



Análise um pouco além da superficialidade vista por todos.

Ela estava transbordando e não cabia mais em si. Já era a terceira noite que passava em claro. Não por frustrações nem pensamentos ruins, mas por euforia. Era certo o fato de que as coisas ao seu redor não iam bem, mas isso não estava interessando nesses últimos dias. "Os problemas dos outros... - chegou a conclusão - ... são dos outros." E era a mais pura verdade pra ela naquele momento. Não interessava mais as frustrações pessoais dos outros. Ou melhor, isso não seria mais motivo de frustrar a sua própria vida. O motivo para essa revolução "pensamental"?
Ela sinceramente não sabia. Mas desconfiava. Desconfiava de que sua maturidade de ideias estava aumentando, ou pelos menos ela estava começando se adequar e gostar mais de suas ideias atuais e desconfiava também das conversas que tinha tido nas últimas semanas, com os amigos velhos e com conhecidos novos. O relato da experiência dos outros, pode sim, de certa forma fazer você entender melhor os seus próprios problemas, ainda mais quando eles convergem em diversos pontos.
Sua euforia também se deve ao fato de estar conseguindo ultrapassar suas velhas barreiras psicológicas e emocionais. As brigas costumeiras dentro de casa não a incomodam mais como antes. A oportunidade de experimentar o novo (seja com sentimentos ou experiências cotidianas) não colocam mais tanto medo nela quanto antes. Sua capacidade de concentração, motivação e a formação de um objetivo (mais do que alcançável e, anteriormente, não cumprido por falta de vontade própria), estão funcionando na mais plena ordem. É um momento, ela sabe que é um momento e que isso pode ser destruído com um mínimo ato. Mas essa possibilidade não está a impedindo de viver essa fase de bonança da melhor maneira possível. E o melhor de tudo, ela está gostando.

Análise muito além da superficialidade vista por todos.

De certo, nossa amiga, vem vivendo uma fase de mar navegável e resistência sobrenatural a tempestades triviais. Inegável suas mudanças, além de muito perceptíveis interior e exteriormente.
Um pequeno porém entranhado nisso tudo: ela ainda sente medo. Por mais que diga que, a possibilidade de tudo ir por água abaixo não a está impedindo de fazer as coisas da melhor maneira possível, um medo íntimo e mais do que disfarçado (as vezes há tentativa de esconder dela mesma), a assombra. É difícil imaginar, que os últimos anos de pensamentos e construções de bases desses pensamentos em sua cabeça possam ser destruídas em uma simples respiração. Ela sabe também que, essa reclusão permanente, para organizar ideias, não vai mais adiantar em nada (até por isso resolveu dar a cara a tapa realmente). Aprendeu que, por mais que se pense o que pode ou não acontecer, só vivendo e fazendo pra realmente acontecer.
Ainda assim, retomando o início do parágrafo, o "pequeno porém" habita seus sentimentos. Fato é que, nunca vai deixar de sair. Pelo menos não até onde ela consiga pensar. Mas nada como a convivência para exercitar o costume. E é isso. O medo terá sempre sua cadeira cativa. Mas nem sempre precisará ser o convidado especial. Apenas estará ali. Muitas vezes disfarçado, silencioso. Mas estará ali. Inevitável.

2 comentários:

Vicky disse...

Que essa bonança possa ter cadeira cativa na vida dessa personagem tanto quanto o medo,incrivél como a superação dos pardigmas causam uma satisfação absurda,desenvolva mais essa personagem,ela parece ser gente boa.
;)

Orofino disse...

nao sei se elogio o texto, sua coragem, seus pensamentos, ou tudo isso junto!
fico com a terceira opção!
e mais uma vez vou aproveitar o comentario da ana!
desenvolva mais essa personagem!
beijos