quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Verniz

sai.
tô pedindo pra sair de mim.
me apego a detalhes e pequenas coisas, nas partes do todo, pra depois ver o todo. o todo é a soma das partes, mas às vezes uma parte só vale mais do que o todo. são as pequenas coisas. mas talvez isso não tenha a ver com o resto.
paro num lugar, num lugar que vou todos os dias e percebo que não conheço ninguém ao meu redor, ninguém a quem eu possa me agarrar e me sentir segura, mesmo que seja apenas por um olhar. parece mais um circo bizarro em que os egos são as atrações principais. egos selvagens, animais. o que falta é mesmo o sangue. o sangue que eles fazem escorrer é metafísico e dá pra ver nos olhos deles o prazer quando conseguem isso.
não, eu não conheço ninguém e não me sinto segura. pra ser alguém notável, você tem que tirar sangue de alguém, não importa como seja. e se você for impotente em relação a isso, vai ser uma coisa qualquer, como um espírito vagando pelos cantos.

Um comentário:

Adrian Troccoli disse...

Quando voltar avisa...
(...)