domingo, 4 de novembro de 2012

Sufoco em busca de uma janela pra abrir e deixar o vento entrar.

Acredito que não somos só aquela parte que contamos ao terapeuta. Também não acho que sejamos o todo feito dessas partes. Somos algo sem fim, que não pode ser delimitado, formado de infinitas partes que vão se sucedendo, sobrepondo, embaralhando. Acontecendo. 

Estou no banho e não consigo parar de pensar. Só me lembro do porque eu parar de ler e ver histórias na tevê, quando eu as faço. Minha mente não para e me lembro da frase que eu mesma escrevi "amo como num conto. vivo como um fugitivo. sempre tive problemas em diferenciar a realidade da minha imaginação.". Diálogos, cenas, personagens, minha mente não para de criar essas coisas e eu começo a falar sozinha pelos cantos. Talvez desse uma boa história se eu escrevesse sobre isso, mas como sempre, quando eu penso em algo pra escrever, não há papel, lápis, sequer um celular pr'eu poder digitar o que penso, e agora estou aqui, no banho. Provavelmente até acabar e chegar em meu quarto, esquecerei metade do que havia pensado. Droga, eu tô falando sozinha de novo. Mais uma frase minha aparece "Não sei ser se não intensamente". Porque me envolvo tanto com a imaginação? Porque tão intenso? 

Mais uma vez estou embolando os pensamentos e só eu consigo entender a ligação entre eles. Não ligo, de qualquer forma. Só sei que eu estou com saudades da minha terapia. Tem muito eu se manifestando dentro de mim. Não tô conseguindo dar conta, de novo. Não posso atiçar minha imaginação se quero viver em paz. 

Pra finalizar mais uma parte que lembrei de mim, escrita há um tempo "sai. tô pedindo pra sair de mim. me apego a detalhes e pequenas coisas, nas partes do todo, pra depois ver o todo. o todo é a soma das partes, mas às vezes uma parte só vale mais do que o todo. são as pequenas coisas. mas talvez isso não tenha a ver com o resto."




Será que isso tá fazendo algum sentido, ou eu tô enlouquecendo de novo? Como das outras vezes? 

Nenhum comentário: